Qual o fim supremo e principal do homem?

Passo a Passo para o Reino de Deus

Parte 1 - Capitulo 1

Qual o fim supremo e principal do homem?


Talvez uma das perguntas deste século seja: “Por quê?”. Queremos entender tudo, conhecer tudo e aproveitar o máximo de todas as coisas, não muito distante eu poderia citar que uma dessas perguntas, ou algumas delas são: “estamos sozinhos no universo? E por que nós existimos?” A segunda consegue encher consultórios de psicologia todos os dias e o fato de muitas pessoas não entenderem o motivo de estarem aqui faz com que outra remessa deles entre em depressão. Não foi muito diferente comigo.

Não saber o motivo de existir pode causar desespero instantâneo e isso acontece muito mais do que estamos acostumados. Isso porque muitas pessoas escondem este questionamento em suas rotinas, agem como que automático sem separar muito tempo para meditar no verdadeiro sentido da vida enquanto outros tentam criar sentidos para si próprios, o que muitas vezes faz bem e de certo modo não pode ser ruim ao homem, porém, há algo mais que o homem precisa conhecer a respeito do seu fim, ou seja, daquilo que em toda a extensão de sua vida ele precisa fazer. Os fins que nós criamos no decorrer da vida são temporários e o simples fato de não alcançarmos um deles pode destruir um homem, há ainda um fim natural de todo homem, que pode fazer com que tudo que você tenha tentado até hoje faça ainda mais sentido caso seja levado a sério, mas antes de encontrarmos um fim podemos nos fazer uma pergunta no mínimo essencial: Se criamos para nós mesmos fins a serem alcançados e estes são temporários e mudam conforme vamos crescendo, não podem eles ser nosso fim natural, caso contrário morreríamos por não alcançá-los. Então onde e como encontrar o nosso verdadeiro sentido? Ou seja, se somos nós de alguma forma criados e temos fins diferentes. Como encontrar uma finalidade em que todos os humanos se encaixam? Se você já se fez essa pergunta, não tenha vergonha, você pode ter rompido as barreiras daquelas questões que escondemos diariamente, mas que no fundo são essenciais para nosso desenvolvimento. Rick Warren explica rapidamente em seu livro “Uma vida com propósitos”:

“Ao contrário do que afirma livros conceituados, filmes e seminários, você não descobrirá o sentido da vida olhando dentro de você mesmo. É provável que já tenha tentado isso, mas você não criou você mesmo, logo não pode dizer para que foi criado! Se eu lhe entregar uma invenção totalmente desconhecida, você não saberá para que serve nem mesmo a própria invenção terá a capacidade de lhe dizer. Somente o inventor ou o manual do fabricante poderiam atestar sua utilidade. – Então, como descobrir o propósito para o qual você foi criado? Você tem duas opções A primeira é a especulação – a preferida pela maioria das pessoas. Elas conjecturam, supõem, teorizam. Quando dizem: “sempre pensei que a vida fosse…”, querem dizer: “Este é o melhor palpite que posso dar. – Felizmente, há uma alternativa à especulação sobre o significado e propósito da vida; o modo mais fácil de descobrir o propósito de uma invenção é perguntando ao inventor. Descobrir o propósito da vida funciona da mesma maneira: pergunte a Deus. ”

Se pensarmos naquilo que Deus fez, veremos que todas as criaturas obedecem a alguma ordem e atendem a algum objetivo. No universo não é diferente, todos os planetas, estrelas e o próprio espaço servem a alguma força maior, algo a quem eles obedecem e caso contrário tudo pode ser colocado em risco, inclusive a vida humana. Com os humanos não poderia ser diferente. Fomos criados de forma especial por Deus e assim como todas as coisas criadas somos levados a obedecer a sua vontade, essa não é nossa resposta ainda, mas nos mostra uma direção.

“Então Deus disse: “Haja luz”, e houve luz. E Deus viu que a luz era boa, e separou a luz da escuridão. Deus chamou a luz de “dia” e a escuridão de “noite”. A noite passou e veio a manhã, encerrando o primeiro dia.” (Gênesis 1.3-5 – NVT). E assim todas as coisas foram criadas, Deus ordenava e elas ganhavam vida. Até que ele criou o homem, não apenas com palavras, mas o termo “façamos” dá a entender algo fabricado com muito mais esforço e dedicação. “Façamos o ser humano à nossa imagem; ele será semelhante a nós.” (Gênesis 1.26a – NVT). O ser humano não é como as outras criações e como aprendemos com Rick Warren a melhor opção para nós é conhecer o nosso objetivo como parte da criação de Deus, é perguntando diretamente ao criador.

Paulo foi o grande professor a nos ensinar sobre o nosso fim supremo, aquilo que independente de qualquer coisa precisamos fazer durante nossa vida, de forma quase poética o apóstolo nos ensina que “Pois todas as coisas vêm dele, existem por meio dele e são para ele. A ele seja toda a glória para sempre! Amém” (Romanos 11.36 – NVT) e o escritor da carta aos Hebreus em concordância afirma que “Deus, para quem e por meio de quem todas as coisas foram criadas, escolheu levar muitos filhos à glória. E era apropriado que, por meio do sofrimento de Jesus, ele o tornasse o líder perfeito para conduzi-los à salvação” (Hebreus 2.10 – NVT). Respondendo de forma imediata que somos criações de Deus, que embora caídos pelo pecado somos levados de volta a glória em Jesus por meio de seu sofrimento. Existimos não para nós mesmos, mas para aquele que nos criou, mais claro que isso seria completar dizendo que Deus nos fez por meio de si mesmo, existimos num processo contínuo por causa dele e isso tudo para que sejamos dele e finalmente resgatados, não todos, mas “muitos filhos” para vivermos em sua própria glória.

Não há verdade mais clara e bonita sobre o assunto do que a declaração de Asafe quando afirma: “Fui tolo e ignorante; a teus olhos devo ter parecido um animal irracional. E, no entanto, ainda pertenço a ti; tu seguras minha mão direita. Tu me guias com teu conselho e me conduzes a um destino glorioso. Quem mais eu tenho no céu senão a ti? Eu te desejo mais que a qualquer coisa na terra. Minha saúde pode acabar e meu espírito fraquejar, mas Deus continua sendo a força de meu coração; ele é minha possessão para sempre.” (Salmos 73.22-26 – NVT) enquanto Paulo aos Filipenses declara que “Sim, todas as coisas são insignificantes comparadas ao ganho inestimável de conhecer a Cristo Jesus, meu Senhor. Por causa dele, deixei de lado todas as coisas e as considero menos que lixo, a fim de poder ganhar a Cristo e nele ser encontrado. Não conto mais com minha própria justiça, que vem da obediência à lei, mas sim com a justiça que vem pela fé em Cristo, pois é com base na fé que Deus nos declara justos” (Filipenses 3.8-9 – NVT)

Qual a semelhança entre um escritor e outro? Eles viviam e faziam suas tarefas, mas acima de tudo em cada passo de suas vidas eles estavam adorando e exaltando o Deus que os criou, o mesmo Deus que os perdoou e os libertou de todas as suas algemas. Paulo enquanto assassino e Asafe enquanto passando por tribulações. Cada um deles adorando a Deus com todas as suas atitudes, em cada passo de sua vida. Mesmo que os nossos objetivos de vida sejam diferentes precisamos usar eles para adorar aquele que nos criou, não apenas nos criou, mas nos resgatou do pecado para si nos dando não apenas uma nova oportunidade e sim uma nova vida. Não para desperdiçarmos como fazíamos antes, andando de um lado ao outro, caindo e levantando para errar novamente e sim para que cada vez que respiremos seja para a honra e glória daquele que salvando-nos das trevas nos trouxe luz, paz e eternidade! Ainda tem dúvidas quanto ao fim principal do homem? Deixe que Paulo te ensine novamente:

Portanto, quer vocês comam, quer bebam, quer façam qualquer outra coisa, façam para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31 – NVT) – “E tudo quanto fizerem ou disserem, façam em nome do Senhor Jesus, dando graças a Deus, o Pai, por meio dele.” (Colossenses 3.17 – NVT)

Pensamento de Calvino:

“Pois, como pode algum pensamento sobre Deus penetrar a nossa mente sem que de imediato julguemos (visto que somos suas criaturas) que, por direito de criação, devemos estar sujeitos e ser submissos ao seu domínio, a nossa vida deve ser dedicada ao seu serviço e todos os nossos propósitos e tudo o que dizemos e fazemos devem ser atribuídos a ele? Se é assim, segue-se que a vida de um homem está perversamente corrompida, a não ser que esteja sendo dirigida pela obediência à sua santa vontade.” (Institutas – Livro 1 – 6)

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